Atividades dos alunos

Aluna: Jéssica Cortivo

Leia o conto Um apólogo de Machado de Assis e caracterize cada personagem contextualizando com a nossa sociedade.

Comente quem é:
a) a agulha?
A agulha representa as pessoas que se acham melhor que os outros mas na verdade nao representam nada.
b) a linha?
A linha representa uma pessoa que não se demonstra maior que os outros em suas atitudes e sim aquilo que ela realmente é.

c) o alfinete?
O alfinete representa uma pessoa que tem mais experiencia e dão conselhos para as outras.
d) o professor?
O professor ele se sente como uma agulha e nao como uma linha.

Atividades dos alunos

Em 12 de maio de 2010 08:52, Bruna Vitoria escreveu:

Leia o conto “Um apólogo” de Machado de Assis e caracterize cada personagem contextualizando com a nossa sociedade.

Comente quem é:
a) a agulha?a agulha REPRESENTA UMA PESSOA DA SOCIEDADE QUE DISCRIMINA AS PESSOAS , SÃO PRECONCEITUOSAS , orgulhosas se gabam do que fazem e acabam se dando mal.

b) a linha?a linha é discriminada,ofendida mais sofre calada e no final tem razão e acaba se dando bem.

c) o alfinete?o alfinete é o que da a lição de moral explicando a agulha que ela não pode ser orgulhosa que ela sempre se da mal,não podemos agir na sociedade assim como a agulha temos que nos colocar no nosso lugar pessoas orgulhosas sempre saem perdendo a vida ensina muito

d) o professor?o professor com base no texto percebeu que estava fazendo a mesma coisa que a agulha estava se dando mal para que outras pessoas pudessem se dar bem as suas custas , e que estavam passando por cima dele . ele se comparou com a agulha

Slides dos alunos

Fotos da aplicação do Projeto






Um apologo - produção dos alunos

Um apologo - produção dos alunos

SLIDS PRODUZIDOS PELOS ALUNOS DO 9°A

Slide feito pelas alunas Prof.Jacinto.

Fotos alunos 9° "A"


Fotos

Video "Um Apólogo" Machado de Assis

Veja o vídeo.

Um Apólogo

Primeiras atividades do projeto

O Projeto: Valores e Comportamentos - produção de textos digitais, inspirados no conto Um apólogo de Machado de Assis, surgiu a partir do Curso de Introdução à Informática NTE-SEDUC em parceria com o Laboratório de Informática da Escola Álvares de Azevedo. O professor Jacinto com os alunos do 9*A estão desenvolvendo o projeto que iniciou-se no dia 27 de abril, com exposição, socializando o projeto, objetivos e atividades referentes ao conto.No dia 4 de maio os alunos criaram gmails para postar as atividades e enviar no gmail do professor: Caracterizar cada personagem contextualizando com nossa sociedade. Afinal, quem é a agulha? a linha? o alfinete? o professor? No dia 12 de maio, os alunos desnvolveram as atividades já citadas postando no gmail.No dia 18 de maio, a professora Marisa do Laboratório de Informática explicou para os alunos do 9ºA como criar slides. O professor Jacinto orientou-os a recriar uma história mediante o conto Um apólogo, de Machado de Assis.Todas as atividades serão desenvolvidas em duplas.

Um Apólogo de Machado de Assis

Machado de Assis

UM APÓLOGO

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

- Deixe-me, senhora.

- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

- Mas você é orgulhosa.

- Decerto que sou.

- Mas por quê?

- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

- Também os batedores vão adiante do imperador.

- Você é imperador?

- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana - para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.

A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:

- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Fonte: Contos Consagrados - Machado de Assis - Coleção Prestígio - Ediouro - s/d
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MachadodeAssis/umapologo.htm